Se empreender é um desafio, empreender em uma empresa familiar é um desafio e tanto. Para garantir a saúde financeira do negócio e ainda dividir a mesma mesa no Natal, é importante separar as questões pessoais das profissionais. Para ajudá-lo nesse processo, leia este artigo até o final.
Normalmente são negócios abertos há 30 ou 40 anos para garantir o sustento familiar e que agora estão em fase de sucessão devido à idade avançada ou falecimento do fundador.
Embora o conceito de empresa familiar seja um pouco disperso, 95% das 300 maiores empresas têm controle familiar. Mas a má notícia é que 70% desses negócios não resistem à morte do fundador, segundo pesquisa do Sebrae.
Então a segunda geração do comando da empresa familiar recebe a missão de tocar o negócio sem saber ao certo se tem perfil, habilidade e conhecimento para a gestão empresarial.
Como saber se tenho perfil para assumir os negócios da família?
Infelizmente o mercado não para enquanto você está pensando se toca o negócio da sua família, se faz uma faculdade ou se vai abrir um quiosque na praia. A concorrência, a clientela, os fornecedores e, especialmente, os boletos continuam.
Mas então, como conduzir esse processo da forma menos traumática possível e ainda ter uma performance desejável na sua empresa familiar?
O primeiro passo é o diálogo. Fale claramente sobre seus receios e suas dúvidas com o patriarca ou matriarca da família. Se você não for o único sucessor no empreendimento, ou simplesmente se achar necessário, convoque uma espécie de conselho familiar.
Afinal quando se coloca tudo a prantos limpos a situação tende a se resolver mais facilmente. Nesse processo, a sinergia entre ambas as gerações é fundamental.
O segundo passo é fazer um verdadeiro raio-X na empresa. A varredura deve envolver todos os setores: pessoal, contábil, jurídico, financeiro e as condições dos bens patrimoniais da empresa, dependendo do seu porte.
Os fundadores devem ter o bom senso de colocar todas as finanças sobre a mesa, pois esconder uma dívida antiga pode ter muitos reflexos negativos.
É comum em empresas familiares a baixa rotatividade de funcionários, que são contratados muitas vezes por laços de amizade e confiança. Porém é importante lembrar que uma empresa é feita por pessoas e, se os colaboradores têm vícios antigos ou não possuem perfil adequado para a função que ocupam, é melhor rever as peças desse tabuleiro.
O que fazer para manter o legado dos pais?
Alguns herdeiros assumem as rédeas sozinhos ou administram o negócio em conjunto com o fundador. Em ambos os casos o desafio é manter o legado dos criadores da marca e, ao mesmo tempo, prosperar.
Lembre-se que o sucesso do passado não é garantia de êxito no futuro. Mantenha a serenidade porque as cobranças fazem parte do processo.
O “sangue novo” nas empresas pode injetar um ânimo original na gestão da empresa familiar. Entretanto a falta de experiência no setor pode ser uma barreira.
Afinal de contas como você deve ter acompanhado na infância ou ainda escutado dos fundadores na sua juventude que a empresa familiar resistiu a vários governos e crises.
Portanto é muito interessante que os administradores da segunda geração da empresa familiar se capacitem e façam cursos de gestão para se aprimorarem.
O desafio existe, mas pode ser superado!
Para concluir, é interessante ressaltar que ser a segunda geração de uma empresa, independentemente do ramo em que ela atua, é um desafio pessoal e profissional que pode ser perfeitamente superado.
Muitas vezes, encarar essa fase sozinho pode ser um fardo, além do risco da tomada de decisões erradas que podem gerar desgastes e retardar os resultados positivos do negócio.
Por consequência, procure por uma empresa sólida como a Fast Assessoria Financeira para lhe ajudar neste processo. Se você tem dúvidas sobre gestão financeira de empresa familiar, entre em contato com nossos consultores. Acompanhe nosso blog e fique por dentro.
Hygor Duarte - CEO Grupo FAST
Data: 20/05/2019