Que o mercado é extremamente dinâmico, todos já sabem. Mas que uma nova doença pegaria de surpresa todos os setores da economia em 2020, ninguém imaginava. Nos resta agora, literalmente, trocar o pneu com o carro andando. Por isso, muitas empresas têm se reinventado devido à pandemia do novo coronavírus.
Só para lembrar, as pequenas empresas representam 99% dos negócios no país e geram, em média, 52% dos empregos formais, segundo o Sebrae. Se por um lado o impacto do novo coronavírus nos pequenos negócios é considerável, por outro as pequenas empresas são mais flexíveis.
Assim, diferentemente de grandes corporações, com seus numerosos conselhos, os pequenos negócios são mais maleáveis e podem “dançar conforme a música”.
Portanto, o ritmo agora é ditado pelo home office, delivery, comércio eletrônico e pagamento por link. Como consequência da pandemia, ainda não sabemos como ficarão as relações de trabalho até o final do ano ou nos próximos tempos. Mas é certo que estas serão fortes tendências.
E, você, como pequeno e médio empresário, deve saber que a pandemia vai passar e a sua empresa precisa estar preparada. Portanto, eu, Hygor Duarte, como empresário e mentor empresarial, quero lhe trazer algumas reflexões importantes. Acompanhe este artigo e boa leitura!
Delivery e voucher: a tendência em época de pandemia
Devido ao fechamento dos serviços não essenciais, o setor gastronômico, de eventos, de turismo e lojas físicas de alguns segmentos apresentaram quedas nunca antes vistas no faturamento.
Entretanto, em tempo recorde, muitos empresários precisaram criar alternativas.
Portanto, o delivery que antes era restrito aos restaurantes, passou a ser praticado mais intensamente por supermercados, casas de ração e até papelarias.
Afinal, com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de todos ficarem em casa, o serviço de delivery demonstrou sua praticidade, comodidade e segurança.
Outra prática que se tornou comum, por consequência, foi o voucher. Muitos negócios que não podem atender no momento, estão usando vouchers para serem usados após o fim da pandemia.
Sendo assim, salões de beleza e fornecedores de eventos vendem vouchers agora, com preços mais atrativos, para serem trocados por serviços para quando a situação estiver normalizada.
A antecipação de renda, portanto, pode ser usada pelo menos para se atingir o ponto de equilíbrio do setor financeiro de cada empresa. Dessa forma, se afasta o risco de demissões, que abala ainda mais o mercado neste momento de incertezas.
Pagamento por link: mais receita e menos inadimplência
Como você viu até aqui, a pandemia mudou as relações comerciais. E, como não poderia deixar de ser, a forma de pagamento também mudou.
Portanto, o que já era adotado por muitos e-commerces, passou a ser usado por microempreendedores e pequenos negócios físicos. Estou falando do pagamento por link.
Assim, o empresário pode completar todo o ciclo de venda pelo WhatsApp, Facebook, Instagram ou e-mail, desde a oferta do produto até o recebimento por meio de link. Como consequência, empresa e cliente são notificados pelo sistema dos pagamentos efetuados.
Desse modo, o cliente recebe o link e escolhe a melhor forma de pagamento, como cartão de débito ou de crédito, depósito ou transferência. Veja, nesse sentido, algumas opções do mercado:
Portanto, se você está considerando essa ferramenta de recebimento, acesse os links e pesquise o que é melhor para a sua empresa, considerando o menor pagamento de taxas possível.
Dessa forma, empresários que não se adaptam à tecnologia precisam encontrar alternativas para manter a receita em época de pandemia.
Alguns negócios, portanto, estão mantendo o pagamento em espécie ou, no máximo, adotando a transferência bancária. Outros ainda estão adiando os prazos de pagamento para o pós-pandemia e aderindo à reserva financeira ou empréstimos para honrar seus compromissos.
Porém, eu trago aqui uma reflexão: a transformação digital está batendo à porta. Até quando a sua empresa ficará de fora? Alguns especialistas já falam, inclusive, em Revolução 5.0. Com ela, muitas ferramentas que estavam em fase inicial, devem ser implantadas para conter a crise.
Coronavírus e os cases de sucesso: como algumas empresas estão se reinventando
É na crise que encontramos força para crescer. Para se ter uma ideia, a Uber e o Airbnb surgiram após a crise financeira de 2008. E, então, para você ter alguns insights, separei alguns cases de sucesso já divulgados na mídia para você refletir em época de pandemia. Veja a seguir:
Cora: logo após o início da pandemia no Brasil, a fintech Cora criou o negócio “Compre dos Pequenos”. Ela consiste numa plataforma que vende vouchers de pequenos negócios para serem usados depois do fim da pandemia.
Dessa forma, com a antecipação da receita, os empresários podem manter as despesas básicas, como a folha de pagamento.
Bia Hoi: o restaurante vietnamita em São Paulo tinha um tíquete alto, de R$ 80,00 em média, antes da crise. Mesmo assim, possuía um público fiel.
Porém, com a pandemia se viu forçado a vender vouchers com desconto para serem consumidos em alimentos após a reabertura. Dessa forma, o voucher de R$ 30,00 vendido hoje, poderá ser trocado por R$ 40,00 após a normalização.
Sterna Café: a cafeteria paulista atendia, basicamente, pessoas que trabalhavam nos arredores. Mas, com a pandemia, a maioria das empresas liberou os funcionários para o home office. O resultado foi a queda imediata nas vendas. Por consequência, a empresa passou a fazer pacotes de delivery fechados para 5, 10 ou 15 dias. Assim, obteve renda recorrente em vez de vender um único prato e realizar a entrega.
Para concluir, o coronavírus está ensinando aos empresários que o home office, o comércio eletrônico e novas formas de pagamento são essenciais para manter as empresas durante e após a crise da saúde e da economia.
Portanto, é fundamental pensar em maneiras que possam garantir, pelo menos, o ponto de equilíbrio neste período e projetar mudanças para depois do fim da pandemia.
Assim, se você quer continuar empreendendo é necessário se reiventar, ser protagonista de sua história e, sobretudo, agir positivamente.
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Hygor Duarte
CEO do Grupo Fast, empreendedor e mentor empresarial, professor de cursos preparatórios para certificações Anbima, palestrante, pai de autista e idealizador do Programa 33.